OCI - Modus Operandi

O Observatório da Comunicação Institucional – OCI – criado em 01/02/2013, é mantido por uma sociedade educativa sem fins lucrativos que reúne acadêmicos, profissionais, estudiosos e demais interessados nesta especialidade da comunicação.

O OCI é um espaço destinado à análise e reflexão crítica sobre a conduta das organizações em suas relações públicas – discurso, atitude e comportamento.

Participe enviando questões (textos, fotos, vídeos relacionados à comunicação de organizações públicas, privadas ou do terceiro setor) para avaliação e publicação.

A partir de 01/10/2013, você – ou sua organização – vai poder contribuir para a manutenção do OCI, apoiando a causa de que uma comunicação melhor faz organizações melhores e, consequentemente, um mundo melhor.

E-mail: observatoriodacomunicacao@gmail.com

Twitter: @OCI_RP


terça-feira, 30 de julho de 2013

Concentração no mercado da comunicação avança... até onde?

A francesa Publicis e a americana Omnicom anunciaram anteontem um plano de fusão para criar o maior grupo de publicidade (leia-se propaganda) do mundo, no valor de US$ 35 bilhões. A operação deve remodelar o setor, afetando bilhões de dólares gastos mundialmente por grandes marcas globais em campanhas nas mídias tradicionais e na internet. Essa união também pode pressionar os rivais das duas gigantes, como a até então líder global em publicidade (leia-se propaganda), a britânica WPP, a avançarem em acordos que acompanhem as mudanças neste mercado.

Você, gerente de produto na Pepsico, entregaria sua conta de propaganda à agência da Coca-Cola?

Publicis e Omnicom, segundo e terceiro maiores grupos publicitários (leia-se "de propaganda") do mundo, respectivamente, apresentaram o acordo - assinado em Paris - como uma "fusão de iguais", em que seus acionistas terão, cada um, cerca de 50% do capital da nova companhia.

Estão querendo "cartelizar" você, anunciante. Opine.

Segundo a Publicis, a transação deve criar "um valor significativo para os acionistas", com sinergias (leia-se "pessoas desempregadas") estimadas em UE$ 500 milhões. O grupo resultante da fusão - uma holding holandesa - manterá sedes em Paris e Nova York e será cotada inicialmente nas bolsas de valores de Nova York e de Paris. (Este "inicialmente"... é um perigo!).

Saiba mais no Offbudsman.

domingo, 28 de julho de 2013

A corrupção nos concursos públicos acadêmicos.

Matéria publicada na edição de 27/07/2013 do jornal O Globo.
Autoria: Angelo Segrillo (professor de História Contemporânea da Universidade de São Paulo).

LINK: http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2013/07/27/a-corrupcao-nos-concursos-publicos-academicos-504814.asp

COMENTÁRIO DO OCI - Marcondes Neto

Uma das causas mais graves da corrosão de nosso sistema universitário público é a corrupção - o segredo de polichinelo apontado pelo colega Angelo Segrillo - dos concursos públicos docentes.

Endogenia, compadrio, picuinha, ação entre amigos, máfia - escolha o termo que mais lhe apraz e, certamente, servirá como uma luva para tratar do concurso de amanhã, na Federal, e do de ontem, na Estadual.

E este estado de coisas diminui o mérito também de quem não foi "vítima" das mazelas. Você entrou para uma universidade pública? - Aí tem...

E quando você, porventura, organiza um concurso e traz a maioria dos examinadores de fora do circuito dos "amigos", ganha a alcunha de "Caxias"... - Cuidado com este cara!

E quem - qualquer um - passou, será logo assediado por alguém "de dentro", e ouvir coisas do tipo: - você merecia passar, mas eu tive que despachar aquele "maluco" que te antecedeu na prova de aula... ou - se não fosse eu tirar do caminho a protegida do chefe do departamento... ou, ainda... - gostei de você; não nos conhecíamos antes, mas 'dei uma força' na hora do desempate, e agora você é um dos "meus".

Endosso integralmente as sugestões dadas pelo colega da USP. Os concursos públicos têm que ser completamente independentes da instituição contratante, sob pena de, com tratantes, as IES - instituições de ensino superior - simplesmente ruírem, até desaparecer.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Um intelectual brasileiro a serviço da humanidade: Milton Santos.

DICA DE LEITURA: "Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal" (Rio de Janeiro: Record, 2000).

COMENTÁRIO DO OCI - Marcondes Neto

Se o prêmio Nobel fosse entregue postumamente, Milton Santos (1926-2001) poderia ser "o" candidato brasileiro. Lucidez, serenidade e firmeza de quem conhece a vida e o mundo estão presentes nesta entrevista concedida em 18/04/2000 ao jornalista Boris Casoy, então na Rede Record.

Globalitarismo é um dos termos que surgem de forma sutil na fala culta - e ao mesmo tempo muitíssimo clara - do professor emérito da USP, tratando de seu livro - que sempre adoto, até hoje - "Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal".

O geógrafo, também formado em Direito, se autodesigna como um "intelectual público" e faz a distinção - rara - entre competição e competitividade, avocando para a primeira, inclusive, a possibilidade de compaixão - termo inexistente fora do circuito religioso das falas...

Milton Santos faz também a distinção entre os conceitos de cidadão e de consumidor, jogando sua luz sobre a dicotomia proposta por Néstor García Canclini em seu livro de 1995, "Consumidores e Cidadãos". O capitalismo, que o professor declara esgotado, é fruto de um pensamento único, aliás mais "único" que "pensamento", uma vez que Santos evoca a brasileiríssima mula-sem-cabeça para referir-se ao sistema preponderante no mundo após o fim da União Soviética.

Um socialismo construído "por mim e por você" é o que propõe o professor, invocando um "salto ao futuro",  ideia - para ele - "não passível de ser ensinada" ao (e no) "mundo a que nos referimos"; ou seja, a Europa (focada no passado), e os Estados Unidos (demasiadamente focados no presente).

"O Brasil não precisa ser potência", afirma, mas pode ser um grande país: "grande país é o que cuida do seu povo".
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sexta-feira, 19 de julho de 2013

FETRANSPOR, RIO-ÔNIBUS, RIO-CARD: casos de polícia.


A carta pública de um usuário à agência de propaganda da FETRANSPOR, veiculada numa Rede Social, e sua repercussão:

Meu nome é FDM, tenho 53 anos e sou um cidadão do Rio de Janeiro. Fiquei sabendo por vários meios de comunicação que esta agência foi contratada com a missão de melhorar a imagem da Fetranspor. 

Atualmente, esta federação já veicula anúncios (por exemplo, na Rádio CBN) com o slogan "mobilidade com qualidade".

Uso os ônibus do Rio diariamente e me revolto sempre que ouço o tal slogan. Simplesmente porque ele é mentiroso. O serviço dos ônibus do Rio é péssimo, com motoristas mal treinados, que dirigem como loucos e não têm postura profissional. Mas acredito que vocês não usem estes ônibus. Imagino também que, pelo padrão salarial de vocês, já se livraram deste problema. No entanto, mesmo que não os usem, já foram informados de quão insatisfeitos os usuários estão com o serviço. Daí a necessidade de melhorar a imagem da Fetranspor.

Agora, me pergunto, como vocês podem ser tão insensíveis a ponto de continuar com esta mentira? 

Como vocês podem pretender humilhar a população do Rio de Janeiro melhorando a imagem de algo que não presta? Onde está a ética da publicidade, que aceita jogar a poeira embaixo do tapete, simplesmente enganando as pessoas com belas frases? Tudo isso em troca da imensa quantia que a Fetranspor pode lhes pagar?

Peço que ponham a mão em suas consciências e recusem este cliente. Ou que trabalhem para ele apenas quando o serviço oferecido for realmente bom, o que nós todos que precisamos usar os ônibus desta cidade realmente merecemos.

Atenciosamente.

COMENTÁRIO DO OCI - Marcondes Neto

22 "curtidas" e 10 comentários depois, chega-nos o post acima. De fato, a ONG/Sindicato dos proprietários das empresas de ônibus do Rio de Janeiro já anuncia na mídia há muito tempo, sob o slogan mencionado e outros, de campanhas anteriores. A FETRANSPOR é um anunciante de peso. São milhões em propaganda. Investimento demais em meios e de menos nos fins. Por ora, só o usuário, ou um conjunto deles, poderia fazer frente ao acinte da propaganda enganosa. O caminho mais curto, para além do protesto midiático, é o Ministério Público Estadual.

domingo, 14 de julho de 2013

ROAD SHOW do Observatório da Comunicação Institucional começa em ALTO ASTRAL!


Este sábado, 13 de julho de 2013, vai ficar para a história! A história daquelas pessoas que prestigiaram a primeira etapa do road show do OCI, na FACHA.

Foi um café-da-manhã super-agradável, em que, por pouco mais de duas horas, foi possível a troca de ideias sobre o ideal que moveu quatro errepês a criar a iniciativa.

A cobertura fotográfica e em vídeo será publicada, ao longo desta semana, no próprio Portal OCI, em www.observatoriodacomunicacao.com.br.

Na ocasião, firmou-se o statement que melhor define o espírito do OCI, e que será adotado como slogan - parte integrante da divulgação da sua marca:

Observatório da Comunicação Institucional: MUITO ALÉM DO DISCURSO.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

SÁBADO, 13 de julho, "ROAD SHOW" DO OBSERVATÓRIO DA COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL: 1a. PARADA - FACHA!

Venha tomar um café-da-manhã com o OCI na FACHA, dia 13 de julho, de 9 às 12 horas.


Este será o primeiro dia de um novo tempo para as Relações Públicas, no Rio e no Brasil.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A expressão "nada a declarar", símbolo da ditadura, perdura impune.


Na edição de hoje do jornal O Globo, um tapa na cara da cidadania carioca foi desferido por um integrante do setor que mais se beneficia da cidade; um grande hotel, em plena orla do Leblon.

A manchete:

"Robô flagra ligação clandestina de esgoto no Hotel Marina Palace"

A notícia, por Emanuel Alencar:

"Pequenino, pesando apenas sete quilos, ele é capaz de mostrar com detalhes - e em tempo real - uma face menos nobre do Leblon. Há um mês mapeando as tubulações do bairro, um robô flagrou ligação clandestina na rede de esgoto em frente ao Hotel Marina Palace, na esquina da Avenida Delfim Moreira com a Rua João Lira...", e por aí vai...

A propaganda não é enganosa, mas omissa:

No website do hotel, nenhuma menção sequer ao discurso politicamente correto de sustentabilidade socioambiental...

Lê-se, apenas:

Descubra o prazer de se hospedar no bairro mais charmoso do Rio de Janeiro, de frente para a 
Praia do Leblon.

Relaxe em apartamentos e suítes muito confortáveis, bem decorados e com uma vista para o mar 
de tirar o fôlego.

Surpreenda-se com um menu de serviços capaz de atender a quase todos os seus desejos e delicie-se com uma gastronomia exclusiva.

Se ainda assim estiver faltando algo, teremos prazer em providenciar.

Ainda, segundo a matéria, a desfaçatez e o nada a declarar:

"Procurado pelo GLOBO, o Hotel Marina informou que faz manutenção em suas caixas de gordura uma vez por semana". E acrescentou que "não recebeu nenhum comunicado oficial sobre qualquer ocorrência'."

COMENTÁRIO DO OCI - Marcondes Neto

Mais grave do que poluir - é preciso apurar se o despejo clandestino não vem de outro bacana... - é acreditar que uma nota bisonha dessas sacia os cidadãos leitores, contribuintes, banhistas e eleitores...

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Marcia de Almeida estreia no OCI.

TEXTO ASSINADO - Marcia de Almeida

Plebiscito VERSUS Referendo

Mas, qual a diferença?

Plebiscito: É uma consulta feita ao povo ANTES da criação de uma lei ou ato administrativo. Uma vez feito, delega-se ao Legislativo a formulação.

Referendo: É uma consulta feita ao povo DEPOIS da criação de uma lei ou ato administrativo. A população responde se aceita ou não determinada atitude tomada pelo Legislativo.

Traduzindo: No plebiscito, o povo assina um cheque em branco e entrega ao governo, que o preenche como convém.

Quer dizer: nos fazem várias perguntas e, depois, cumprem o que escolhemos, ou não.

No referendo, o governo tem de preencher o cheque para que a população decida se assina ou não, de acordo com a sua conveniência.

Se dissermos não ao pacote que virá deles, começa tudo de novo.

O importante é que tenhamos uma reforma política logo, mas, não feita nas coxas, para estar tudo pronto para as eleições de 2014.

É um processo longo e fundamental. Sem ela, a fila não anda, embora as manifestações já tenham conseguido vários ganhos. 

Os apavorados continuam achando que tudo isso é orquestração da direita. Não é. É um fenômeno novo, as pessoas de saco cheio de tanta coisa errada e absurda, pelas quais elas pagam o pato e as contas, e resolveram sair para tentar dar um freio de arrumação.

Não basta só melhorar a vida dos mais pobres, embora isso seja e tenha sido, e sempre será, vital. Mas o país é feito de outras coisas, o Bolsa Família não pode anular os muitos erros que temos no nosso panorama político.

É importante a inclusão das classes C e D, mas elas também pagam as contas da corrupção.

Hoje é só isto que eu tenho a dizer. Vamos prestar atenção e sair da paranoia de que estamos em pleno "ovo da serpente".

Dilma caiu 30%? Pois que trate de ouvir as ruas para subir de novo.

Boa semana para nós tod@s.

PS: Só deu pra escrever hoje por questões técnicas. E quero dizer que, outro dia, uma querida amiga me perguntou se eu estava virando PSDB(!!!) pelo fato de ser contra a existência de 39 ministérios no governo Dilma, 4 a mais que Lula e 9 a mais que FHC.

Pois esclareço: sou contra 39, 35 e 30 ministérios. O importante é um Estado enxuto e eficiente.

E informo que, na semana em que a "cura gay" foi aprovada, a vereadora Laura Carneiro decidiu criar uma Frente Parlamentar pelos Direitos LGBT, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.


Reproduzido de website ''Em dia com a cidadania''.                 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Central do Cidadão STF: um primor de serviço à população.

Matéria publicada em 03/07 pelo website Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), assinada por Marcos Alegre Silva, dá conta de que no último 21 de maio de 2013 a Central do Cidadão do STF completou cinco anos.

Leia texto completo.

COMENTÁRIO DO OCI - Marcelo Ficher

Excelente iniciativa, que demonstra como se resolve problemas de comunicação com medidas administrativas e de como se resolve problemas administrativos com medidas de comunicação.

A Central do Cidadão STF demonstra visão alargada do processo de atendimento ao público e das idiossincrasias do ser humano, com suas expectativas de justiça e de atenção. E pode representar uma mudança de paradigma na interface com a população.

Em situações análogas, o primeiro impulso do gestor normalmente seria o de rechaçar as demandas que não estivessem stricto sensu ligadas às atividades do Tribunal. Ao contrário, o STF coloca o interesse do público em primeiro plano e dá um exemplo que, se for seguido por outros órgãos públicos, pode representar um divisor de águas na Comunicação Pública brasileira.

A leitura não é apenas útil ou enriquecedora, emociona o leitor e dá uma injeção de otimismo no futuro do país.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

OBSERVATÓRIO DA COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL lança sua marca!


1o. de julho de 2013. 

Cinco meses depois de iniciar suas atividades com este blog, o OCI lança a sua marca.

Criada pela Mediterrânea Propaganda e Marketing Integrado, da publicitária Lucila Komolibus, enfatiza três aspectos:

- ter uma identidade marcante e facilmente identificável;

- a abrangência global das preocupações relacionadas à comunicação institucional; e

- a intenção do OCI de ser reconhecido e útil em toda a comunidade de países lusófonos, pelo mundo afora, no que toca ao saber e ao fazer da comunicação institucional e das relações públicas.

E nesta data, também, entra no ar o domínio www.observatoriodacomunicacao.com.br. Por ora com o conteúdo deste blog. Em breve, neste endereço, o Portal do OCI, completo.